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Sempre fui daquele tipo de pessoa que acha que o tempo passa rápido de mais e que as oportunidades que a gente tem acontecem no máximo ...
sábado, 9 de maio de 2015
segunda-feira, 4 de maio de 2015
Releituras obrigatórias
Nesse final de
semana fui visitar a família e resolvi "fazer uma limpa” na estante de
livros dos meus pais. Peguei emprestado, leia-se roubei, uns sete livros. A maioria eu já
havia lido há alguns anos luz, mas achei interessante a ideia de lê-los
novamente com os olhos da pessoa que sou hoje. Sim, pois eu acredito que
ao longo da vida vamos nos transformando no tipo de ser humano que pretendemos
ser e que, cá entre nós, eu ainda estou drasticamente distante.
Voltando ao assunto dos livros, minha primeira
escolha foi o livro A luneta mágica do Joaquim Manuel de Macedo, primeiro porque
tinha vaga lembrança de que nele havia uma lição de moral muito interessante no
fim e segundo porque me pareceu ser o menor deles e seria ótimo para servir de
distração na viagem de volta pra casa.
O livro fala sobre
um homem que é míope moral e fisicamente. Moral porque não consegue pensar por
sua própria cabeça, agindo sempre conforme aquilo que lhe é imposto, e fisicamente
por ser praticamente cego mesmo. Não conseguindo ajuda por meios científicos,
ele resolve recorrer a um mágico que lhe fornece a tal luneta mágica. Ela lhe dá o poder de ver o lado superficial das pessoas e também a maldade
por trás delas. O que acaba por curar tanto a deficiência física quanto a moral.
Enfim, o fato é que quando li esse livro, há aproximadamente uns seis anos, meu entendimento dele foi bastante superficial. Mas não foi por preguiça de pensar e sim porque meus pensamentos e ideias eram diferentes dos de agora. Eu havia lido com vontade e com cem por cento do senso crítico que eu poderia ter, sendo uma menina de vinte anos com as experiências de vida que eu tinha.
É uma pena que não
possamos retomar algumas leituras que fazemos de acontecimentos, pensamentos e
pessoas alguns anos depois. Seria incrível perceber como nossas certezas
eram incertas.
Algumas pessoas estufam o peito pra falar que não mudam de opinião. Elas acreditam que isso demonstra razão e estabilidade, como se mudar de opinião fosse negar a pessoa que elas foram um dia. A meu ver mostra amadurecimento e humildade, afinal de contas, apontar o dedo para o seu próprio nariz não é lá uma tarefa que pode ser considerada fácil.
Algumas pessoas estufam o peito pra falar que não mudam de opinião. Elas acreditam que isso demonstra razão e estabilidade, como se mudar de opinião fosse negar a pessoa que elas foram um dia. A meu ver mostra amadurecimento e humildade, afinal de contas, apontar o dedo para o seu próprio nariz não é lá uma tarefa que pode ser considerada fácil.
A gente tem muitas certezas na vida, mas não devemos aceitá-las assim, perpetuamente. Já que não podemos relê-las como um livro antigo, podemos ao menos repensa-las. Pode ser que você ria muito da criatura que era ou pode ser que você se perceba exatamente igual. Se o seu caso for o segundo, meus pêsames. Não desejo isso a ninguém.
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